Perda Auditiva em Idosos

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         A perda auditiva em idosos pode ter várias causas. A principal delas é a presbiacusia, que é o desgaste do ouvido devido ao processo natural de envelhecimento. Dependendo da história familiar de surdez (hereditariedade), este desgaste pode ser maior. Entre outras causas, há medicamentos tóxicos ao ouvido, como os diuréticos e a aspirina, a exposição prolongada a ruídos, acidentes, doenças do ouvido e outras patologias  crônicas, como o diabetes e a hipertesão arterial (pressão alta).
            Assim que houver uma suspeita de diminuição da audição, é muito importante consultar um médico otorrinolaringologista. O tratamento pode ser diverso, desde uma simples lavagem de ouvido, se existir um tampão de cerúmen, até outros, como remédios, cirurgia ou a amplificação sonora com a utilização de aparelhos auditivos. O exame para avaliar a audição é a audiometria, realizada por fonoaudiólogos após a solicitação e o exame médicos.
         No caso de amplificação sonora, é de extrema importância a intervenção precoce, ainda que seja uma perda auditiva pequena. O quanto antes for reestabelecida uma audição em níveis normais, mais fácil será a adaptação e o tratamento. O ouvido que fica muito tempo com surdez, sem estímulo ou tratamento, tende a ter uma degeneração progressiva da audição, muitas vezes irreversível.
        A perda auditiva interfere no trabalho, no convívio familiar e social e na segurança. Um individuo com audição prejudicada fica alheio a conversas, muitas vezes isolando-se do convívio social.  A compreensão é ineficiente e em situações de perigo não percebe sons de alerta, carros ou indivíduos se aproximando.

            Quando suspeitar que sua saúde auditiva não está bem?
  • Você pede com freqüência que os outros repitam o que falaram;
  • Você escuta mas não entende a fala dos outros;
  • Os familiares reclamam que o volume da televisão ou rádio está muito alto;
  • Os familiares dizem que precisam falar alto ou gritar para que você escute;
  • Dificuldade para acompanhar suas atividades sociais (por exemplo, assitir à missa, reuniões, etc.)
  • Sensação de zumbido.


            Ao perceber um ou mais destes sinais, procure um médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo para se orientar da melhor forma.


Amamentação

   
Imagem: Site BabyCenter
     A amamentação é uma das fases mais importantes na vida de um bebê. O recém nascido tem a habilidade para se alimentar da melhor forma, a sucção. Por um período, sua vida irá se resumir a mamar, dormir, sujar a fralda, trocar a fralda e novamente mamar, dormir....
         A mãe precisa estar tranquila e segura para se dedicar a esta rotina, muitas vezes exaustiva, porque ela continua durante a noite e a madrugada. Um fator que auxilia a mãe é o conhecimento da importância do aleitamento materno. São inúmeros os motivos pelos quais é indicado que a mãe ofereça seu leite para o seu bebê.

Para o bebê:

- o leite materno é de fácil digestão;
- proteção contra infecções e alergias;
- diminui diarréias, infecções intestinais e respiratórias;
- a sucção no seio materno fortalece a musculatura dos lábios, língua e bochechas, proporcionando um desenvolvimento adequado dos órgãos envolvidos na fala, mastigação, deglutição, diminuindo ou minimizando problemas ortodônticos e fonoaudiológicos futuros;
- proporciona um maior vínculo emocional.

Para a mãe:

- maior contração uterina e menos sangramento pós parto;
- menor risco de desenvolver câncer de mama;
- maior vínculo afetivo;
- economia e praticidade, já que os leites artificiais são caros e todos os procedimentos para o preparo da mamadeira são bastante trabalhosos (esterilização de mamadeiras, fervura da água, temperatura do leite...).

            Mesmo segura e tranquila, a mãe pode ter problemas com a amamentação. Um dos mais frequentes é a dificuldade do bebê em realizar uma “pega” correta (forma pela qual o bebê “abocanha” o peito da mãe), causando lesões no peito, pouca produção e pouca ingesta de leite, levando a um bebê chorão e uma mãe estressada. Isto acontece às vezes por posicionamento inadequado do bebê no colo da mãe, problemas na forma da mama e do mamilo, ou então dificuldades de sucção do bebê.
            Estas alterações de sucção dos recém nascidos, sem outros problemas de saúde, normalmente são fáceis de resolver, bastando um treinamento adequado com a mãe e o bebê. Assim, em alguns dias, a dupla estará afinada na amamentação e feliz.

            Uma coisa que aprendi na prática, sendo mãe de dois filhos, e que nunca me falaram abertamente: não é fácil amamentar o filho com o aleitamento materno exclusivo (sem leites artificiais), e é preciso muita vontade, paciência e esforço. Mas precisamos tentar, e então saber que nenhum esforço foi em vão.

Atuação Fonoaudiológica com recém nascidos de risco

 
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         Os recém nascidos considerados de risco são os prematuros, ou aqueles que têm algum problema neurológico, cardíaco, renal ou alguma malformação ao nascimento.
            A atuação do fonoaudiólogo nestes casos tem como objetivo principal oferecer meios para que o recém nascido (RN) se alimente de uma forma segura, sem nenhum risco para sua saúde. Afinal, a alimentação precisa ser fonte de energia para que o bebê se recupere, e não mais um problema.
            Na maioria dos casos, até que as condições do bebê sejam estáveis, ele se alimenta através de uma sonda, onde o alimento é levado direto para o estômago. Quando é possível, a equipe médica solicita o início da intervenção fonoaudiológica.
            O fonoaudiólogo estimula a sucção do RN inicialmente sem a presença de leite, introduzindo a sucção não nutritiva. Com a fonoterapia e a boa evolução do RN, é iniciada uma alimentação sem a utilização de sonda, no seio materno, se possível, ou com mamadeira. O importante é que o meio escolhido seja eficiente e seguro para uma alimentação completa.

            Em muitos casos é necessário acompanhamento fonoaudiológico após a alta hospitalar para que ocorra uma constante evolução do bebê, com introdução de novos alimentos, com consistências variadas, sempre de forma segura.

20 de março – Dia de atenção a disfagia


Para marcar o dia e chamar a atenção da população, o Sistema de Conselhos e a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia firmam parceria em uma campanha unitária para ressaltar a importância da atuação fonoaudiólogica no tratamento de pacientes com Disfagia.